3 de dezembro de 2014

Até onde ir para ser mãe?

Há uns meses li numa revista que a actriz Paula Neves também não conseguia engravidar. Podem achar chocante mas assumo que senti conforto... não por a Paula não conseguir ter filhos mas porque me senti menos sozinha. 

Mais recentemente li que a actriz Paula Neves, certamente depois de lhe perguntarem pela milhenta vez sobre os tratamentos de fertilidade, terá dito: 

"entrou-se num processo em que os procedimentos não são naturais, são violentos, invasivos. Custa-me muito impor coisas à vida, porque não sei o que me pode calhar. Entrar num processo em que é preciso bastante resistência, para aguentar muitas coisas, para no final ter dois ou três filhos, acaba por ser um filme de terror na minha cabeça. Estava a sentir que a parte íntima do meu casamento estava a ser invadida e eu não quero isso, não quero assim tanto ser mãe. Aquilo não me faz sentido".

Entendi bem aquelas palavras. Continuo à espera da consulta de infertilidade no Hospital de Sta Maria, pelo que ainda não cheguei à fase dos tratamentos que a Paula se deve estar a referir. Porém, desde o momento que quisemos ir ao médico para perceber qual era o nosso problema que digo que não quero ir ao ponto da fertilização in vitro

Talvez porque já ouvi alguns relatos do que envolve essa técnica de fertilização, que é só a última hipótese de engravidar. É pouco natural, tem muito médico envolvido, técnicos, seringas, desconforto, horas marcadas... e amor... pouco, muito pouco porque chega uma altura em que se está tão envolvido naquilo que não há tempo para amar.

Nós também já tivemos de fazer alguns exames que abalaram a nossa intimidade e nem quero imaginar o que uma técnica tão invasiva poderia fazer.

Sim, é verdade que tudo o que eu mais quero nesta vida é ser mãe mas só porque já tenho tudo o que sempre desejei toda a minha vida... encontrar o homem com quem quero passar o resto dos meus dias.

Já me pus a pensar se trocaria a concretização do meu sonho de ser mãe pelo meu relacionamento. A resposta foi imediata... Nunca!! Nem pensar!!!

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