1 de dezembro de 2014

A consulta de pré engravidamento

Digo que já se passaram 6 anos desde que comecei a tentar engravidar. Na verdade não sei bem ao certo porque tenho uma péssima memória mas tenho a certeza que são pelo menos um carradão de anos. Anos demais, quando todos os meses perco mais um bocadinho de alegria.

Serão por volta duns 6 anos... acho que ainda não me tinha juntado em definitivo com o meu ex namorado quando já falava, sim falava sozinha porque não havia grande vontade do outro lado, em começar a tentar ter filhos.

Inicialmente lá fui eu, toda contente, cheia de sonhos, certezas e expectativas, ao médico do planeamento familiar. Ia com regularidade ao planeamento familiar, já que tomava a pílula desde os 16 anos e dava-me um grande jeitão poupar uns euros. Tenho dores menstruações daquelas de vomitar, de me darem valentes diarreias ou ter-me de deitar num qualquer chão, de uma qualquer rua ou sitio, para não desmaiar, desde que me lembro de ser menstruada. O diagnóstico - dismnorreia - um nome horroroso para uma condição igualmente horrorosa. O que é certo é que desde que me receitaram a pílula as dores e desconforto acalmaram, bastante.

Assim, eu era uma cliente assídua no planeamento familiar. E nas horas intermináveis na sala de espera lia tudo o que era panfleto informativo. Quando comecei a querer engravidar já sabia de cor os passos que devia seguir para ter uma gravidez e um bebé saudáveis.

1 - Ir ao médico para fazer análises. Para saber se estava bem de saúde, qual o meu grupo sanguíneo e ver se era imune à toxoplasmose.

Também já sabia que, provavelmente, o médico me ia receitar ácido fólico.

E assim foi. Ainda a tomar a pilula lá fui à consulta de pré engravidamento. Era um médico muito simpático, do mais amoroso que há, que fez tudo o era esperado e falou o tempo todo comigo como se engravidar fosse a coisa mais simples e fácil do mundo. Tipo: "depois quando engravidar vem cá ter comigo para marcarmos as consultas de acompanhamento da gravidez".

Já lá vão 6 anos e escusado será dizer que não mais lá fui para as tais consultas de grávida.

Outras consultas se seguiram, aquelas que culminaram um lugar na, infindável, lista de espera da consulta de infertilidade do Sta Maria.

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